Cerca de cinco mil pessoas foram às ruas de Aracaju, no último dia 29, como parte do grande ato nacional pedindo a saída de Bolsonaro do poder e o fim da política genocida, que vem destruindo a nação brasileira com a Covid-19, a fome e a miséria.
Sem aglomerações, andando em filas, pessoas de todas as classes sociais, de diversas categorias profissionais, estudantes, entidades e movimentos sociais seguiram do mercado central até a avenida Visconde de Maracaju entoando palavras de ordem e lembrando que, para essa tragédia, existe um culpado.
As músicas ‘Barões da Rachadinha feat. Bolsomorte’ e ‘Seu comércio tá fechado’, produzidas pelo Sinasefe Sergipe, deram o tom da caminhada e garantiram o fôlego de todos, tornando-se os hinos do ato. O Sinasefe Sergipe também distribuiu máscaras PFF2.
“Foi um ato lindo, pacífico, ordeiro, organizado, com distanciamento social e distribuição de máscara PFF2 e álcool para os participantes. Ao longo de todo o percurso, percebi a preocupação dos organizadores em manterem as filas e as distâncias para que tudo transcorresse bem. Vi, também, ao longo da caminhada, o apoio das pessoas, o apelo para que seguíssemos na luta, pois há um clamor geral por mais dignidade, por direito e vacinas. Ao mesmo tempo, isso me encheu de ânimo e esperança de que somos capazes de lutar, mesmo com medo, mesmo diante da pandemia, pois temos o princípio da justiça social vivo e pulsante. Quem é da educação pública segue firme!”, disse Jô Oliveira, servidora do IFS Campus Estância.
“Vamos continuar lutando pelas nossas vidas e pela honra dos que se foram por conta da irresponsabilidade e da política de morte desse governo. Vamos continuar lutando e cada vez mais fortes”, José Correia Neto, membro da Comissão Gestora do Sinasefe Sergipe e que participou das reuniões unificadas para a construção do #29M .
“A sensação de segurança foi muito grande, mesmo com a grande quantidade de gente, porque foi muito organizado, as pessoas respeitaram o distanciamento, usaram máscara e álcool. E a grande quantidade de gente prova que a revolta é maior que o medo e que a vontade de mudar e salvar vidas é maior do que o medo, porque este desgoverno está matando mais do que o vírus, jogando brasileiros e brasileiras na fome e na miséria”, disse Rafael Oliva, servidor do IFS Campus Aracaju.
“E fico feliz de nossas músicas terem dado o tom e a animação necessários ao ato. Sigamos lutando, com força e energia”, complementou Rafael, que é um dos autores das músicas.
Outros atos virão, porque a luta pela vida não pode parar. “A gente está vivo, mesmo com medo”, reforçou Jô.
Clique e baixe as músicas que se tornaram o hino da luta contra esse desgoverno.
Barões da Rachadinha feat. Bolsomorte